Regra de São Bento – trecho 103
12 abril
12 agosto
12 dezembro
[17] No oratório, diante de todos, prometa o que vai ser recebido a sua estabilidade e conversação de seus costumes, e a obediência, [18] diante de Deus e de seus Santos, a fim de que, se alguma vez proceder de outro modo, saiba que será condenado por aquele de quem zomba. [19] Desta sua promessa faça uma petição no nome dos Santos cujas relíquias aí estão e do Abade presente. [20] Escreva tal petição com sua própria mão; ou então, se não souber escrever, escreva outro rogado por ele, e que o noviço faça um sinal e a coloque com sua própria mão sobre o altar. [21] Quando a tiver colocado, comece logo o seguinte versículo: “Suscipe me, Domine, secundum eloquium tuum et vivam, et non confundas me ab expectatione mea”. [22] Responda toda a comunidade este versículo, por três vezes, acrescentando: “Gloria Patri”. [23] Prosterna-se, então, o irmão noviço aos pés de cada um para que orem por ele; e já daquele dia em diante seja considerado na comunidade. [24] Se possui quaisquer bens, ou os distribua antes aos pobres, ou, por solene doação, os confira ao mosteiro, nada reservando para si de todas essas coisas: [25] pois sabe que, deste dia em diante, nem sobre o próprio corpo terá poder. [26] Portanto, seja logo no oratório despojado das roupas seculares com que está vestido, e seja vestido com as roupas do mosteiro. [27] As vestes que despiu sejam colocadas na rouparia, onde devem ser conservadas, [28] para que, se algum dia, por persuasão do demônio, consentir em sair do mosteiro – que isso não aconteça! – seja expulso, despido das roupas do mosteiro. [29] Não lhe seja entregue, porém, aquela sua petição que o Abade tirou de cima do altar, mas fique guardada no mosteiro.