Bento tanto pela graça quanto pelo nome.” (São Gregório Magno)
Houve um homem venerável, Bento pela graça e pelo nome, que desde a infância tinha um coração adulto. Superando a idade pelo seu comportamento, jamais se entregou aos prazeres.
Oriundo de nobre estirpe da província de Núrsia, seus pais o enviaram a Roma para o estudo das letras. Embora pudesse desfrutar dos bens do mundo, Bento preferiu deixá-los com seus encantos e fatigar-se de trabalhos por Deus a ser exaltado nesta vida.
Deixando a casa e os bens paternos e querendo agradar somente a Deus, partiu em busca da vida de monge.
O glorioso santo de Deus levou na terra a vida do céu; tornou-se para o mundo exemplo das boas obras e agora se alegra eternamente com Cristo.
Palavra de São Bento aos seus monges no capítulo 7º de sua Regra:
“Se, portanto, irmãos, queremos atingir o cume da suma humildade e se queremos chegar rapidamente àquela exaltação celeste para a qual se sobe pela humildade da vida presente, deve ser erguida, pela ascensão de nossos atos, aquela escada que apareceu em sonho a Jacó, na qual lhe eram mostrados anjos que subiam e desciam. Essa descida e subida, sem dúvida, outra coisa não significa, para nós, senão que pela exaltação se desce e pela humildade se sobe. Essa escada ereta é a nossa vida no mundo, a qual é elevada ao céu pelo Senhor, se nosso coração se humilha. Quanto aos lados da escada, dizemos que são o nosso corpo e alma, e nesses lados a vocação divina inseriu, para serem calcados, os diversos graus da humildade e disciplina”.